Mesmo que a voz materna diga que 
À adolescência minha’lma retornara, 
Que pelo alívio de me ter caído o fardo 
De um amor que não dera nada, 
Tornei à meninice, como se antes menina não houvera sido 
Mesmo tendo dela ouvido que 
Da idade na flor eu me encontro, 
Quisera eu postergar do meu dia bendito uns anos 
Para que perto de tua data eu nascesse 
E teu afeto eu pudesse ter, então, 
Pois parece haver um abismo 
Entre os tenros anos teus e os meus não. 
Hei de haver equivocado – meu coração está convicto, 
Por ter se enamorado por ti, tão novo amigo 
Mas não consegue evitar os devaneios mais doces 
Que outrora não se permitia sonhar, antes, dores 
Terá de fato meu coração se enganado 
Ou seriam os anos os verdadeiros culpados? 
Disto não sei, daquilo, também não 
Apenas sei, meu amigo, que o sentimento não é vão. 
Quisera eu que de mim tu gostasses 
Isso – meu Deus – levar-me-ia aos ares 
Onde olvidaria a diferença que o tempo nos dá 
Onde aproveitaríamos as alegrias de amar. 
Quisera eu que tu me olhasses 
Como contemplam meus olhos os teus 
Ignorando nossas idades, descobrindo a felicidade, 
Desfazendo a distância que existe 
Entre o teu desejado nascimento e o meu. 
(Foto por Timo Cunha) 
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uauuuuuuuuuu cada dia mais lindos, mais doce e profundo!
ResponderExcluirAdorei amiga!
Steffanni Marques
pRetinha
lindo amiga!!!
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