sexta-feira, 7 de março de 2014

METRÔ OU CARRO: EIS A QUESTÃO!


Não é de se admirar que os cidadãos de Brasília adquiram cada dia mais os seus próprios veículos automotores. Com as condições de compra facilitada das concessionárias e considerando o péssimo transporte público de que Brasília dispõe hoje, não é para menos que nossas vias estejam entupidas de carros e motocicletas.

Mas para quem deve escolher entre enfrentar o trânsito infernal da EPTG na sua própria condução em horário de pico, ou o empurra-empurra dos ônibus e do metrô, parece uma opção mais confortável sair de casa para o trabalho utilizando o veículo próprio, ainda que seja necessário partir com uma hora e meia de antecedência. Assim, ao menos o assento é garantido.

É bem verdade que essa solução adotada por muitos brasilienses não é nada sustentável. Os engarrafamentos comprometem a qualidade de vida de muita gente: a poluição sonora e atmosférica são perturbadoras, sem contar com o stress de enfrentar engarrafamentos desde o início até o fim do percurso. A sociedade urge por melhoras no transporte da cidade com urgência. A solução mais viável para a situação é o transporte coletivo; isso é unanimidade.

Quem já passou pela experiência de pegar o metrô às 7h45, na estação da Praça do Relógio, em direção à estação central, por exemplo, sabe como os trens já estão cheios. Há dias em que se faz necessário esperar pelo segundo ou terceiro carro até que se tenha chance de ingressar. O fato é que além da problemática do pequeno número de trens rodando no horário de pico, os usuários desse transporte não sabem se comportar nas estações e no interior dos veículos.

Muitas pessoas se arriscam, espremendo-se para, literalmente, caber no trem, enquanto as portas se fecham. Elas correm pelos corredores das estações, em tempo de empurrar e machucar alguém, para garantir uma vaga apertada no vagão do carro que já está fechando as portas. Na estação central, os passageiros que pretendem ingressar no trem engalfinham-se para assegurar um lugar para sentar ou encostar. Existem também aqueles que atrapalham os demais a entrar e sair dos vagões, porque “precisam” ficar na porta do carro.

Esses problemas agravam as condições já comprometidas do transporte metroviário. O cerne da questão no metrô concentra-se em dois aspectos: a má educação dos usuários e o pequeno número de trens rodando. A qualidade do atendimento, das instalações e dos carros do metrô é relativamente satisfatória; mas o que deixa muito a desejar mesmo são os problemas relatados acima.

Assim, apesar de ser uma alternativa que, a princípio, seria excelente àqueles que não gostariam de ir para o trabalho no próprio carro, o metrô se tornou um drama aos usuários que dependem dele. Mas de uma forma ou outra, o trânsito se encontra muito complicado. Seja de metro ou de carro, o cidadão se deparará com uma situação caótica e estressante. Difícil é escolher o meio de transporte em Brasília!

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