sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Confiança X Ansiedade


Confiança X Ansiedade

"Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus." Filipenses 4:4-7

A ansiedade é o mal do século, dizem. Ela alcança um número cada vez mais expressivo de pessoas e se tornou um problema de saúde pública na modernidade. Talvez você mesmo já tenha experimentado a terrível experiência de estar ansioso. Mas esse problema não é um advento moderno; é antigo. E a Bíblia nos dá clara orientação a respeito da ansiedade.

O texto de filipenses fala sobre alegria (vs. 4), moderação (vs. 5), gratidão (vs. 6) e paz (vs. 7). Você pode estar se perguntando o que todas essas virtudes têm a ver com a ansiedade. Saiba, porém, que elas consistem na orientação bíblica sobre como combater esse mal. O apóstolo Paulo escreve aos filipenses, alertando sobre o problema: “Não andeis ansiosos de coisa alguma”. A ansiedade nos distancia de Deus, porque é o mesmo que admitir que não confiamos Nele. Então, precisamos combatê-la.

"Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." João 14:27

A pessoa que confia em Deus não deve temer mal algum, porque sabe que Ele é quem cuida de sua vida. A chave para vencer a ansiedade, segundo o texto de filipenses, é orar e entregar todas as preocupações ao Senhor; é se alegrar, mesmo quando o coração está perturbado; é esperar o agir de Deus, reconhecendo as bênçãos que Ele já tem dado, apesar das dificuldades da vida.

Reagir assim em meio a tantos pensamentos e preocupações não é realmente fácil, mas é o Senhor quem dá a paz “que excede todo o entendimento” e guarda a nossa mente. Só Nele podemos encontrar o descanso para o nosso coração. Se você se acha ansioso e atribulado, ore ao Senhor, entregando a sua vida. Tire um momento para falar com Deus e reafirmar a sua confiança nele. Caso se lembre de algum amigo que sofre com ansiedade, ore por ele também, para que Deus lhe dê paz.

Ana Maria Machado

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Chove não molha

Não ata, nem desata; chove não molha; lengalenga; cruzar os braços. Essas são apenas algumas da infinidade de expressões que nossa rica cultura brasileira possui. Mas o que significa, afinal, “chove não molha”? O que quer dizer “não ata, nem desata”? Todas essas expressões, muitas vezes usadas de maneira despretensiosa, podem nos levar a uma profunda reflexão sobre o nosso comportamento. E uma vez relacionadas à ética, elas inspiram várias lições importantes que todos os brasileiros deveriam aprender.
 A indiferença e apatia são problemas enraizados na nossa cultura. Muitas vezes, elas sequer são percebidas, pois revelam apenas o comportamento a que todos estão acostumados; cruzar os braços se tornou uma atitude normal. Embora culturalmente aceitável, mas de forma velada, a inércia foi tomando conta do cotidiano brasileiro. Nas repartições públicas, no comércio, na rua, todo mundo faz de conta que está tudo certo, quando, na verdade, não está.
E assim, a indiferença vai banalizando o mal. Por que não nos constrangemos em avançar o sinal vermelho no trânsito, mesmo que isso seja uma infração? Por que protelamos nosso serviço no trabalho, e nem mesmo nos sentimos mal por isso? Por que já não nos importamos em cumprimentar nosso vizinho no saguão do prédio? Por que sempre damos um jeitinho de achar que é normal não fazer o que é certo? Agimos assim só por que todo mundo age igual?
A lição é esta: não se pode ficar nesse “chove não molha”. Estamos correndo o sério risco de deixarmos de ser quem realmente somos. Nossa identidade está em jogo! Não somos uma multidão sem nome, gerada pelo costume. Somos brasileiros, temos coração. Chega da lengalenga de nos conformarmos com o mal na nossa cultura, no nosso trabalho, nos nossos relacionamentos. Basta dessa indiferença que “não ata, nem desata”.
Ana Maria Machado