Continuação de "Como Acontecem as Histórias de Amor"
ÚLTIMA PARTE!
Chegando em casa, Isaac abriu a porta
para que eu entrasse antes. Sentado no sofá, estava o meu pai, assistindo
televisão. Cheguei tão efusiva do calor do momento que por pouco não lhe dei um
susto. “Pai, eu fiquei noiva! Mas tem um detalhe: eu não consigo mais tirar o
anel do meu dedo!!!” Meu pai saltou do seu assento e muito feliz veio nos
abraçar. O sorriso dele era de quem estava muitíssimo satisfeito com a notícia.
Mas sem demora, analisou a minha mão
e viu que o caso era sério. “Corra para o banheiro e lave bem a mão com
bastante sabão. Já estou indo atrás de você para tirarmos esse anel daí.” Isaac
acompanhava cada passo meu minuciosamente, preocupado visivelmente com a
situação. Meu pai, entretanto, lhe disse que tivesse calma, porque ia ficar
tudo bem.
No hospital, além de exercer suas
tarefas nos tantos setores pelos quais passou, aquele enfermeiro havia
aprendido muitas técnicas para atendimento de primeiros socorros. Ele estava
pronto para um atendimento urgente ali na sua própria casa. Passando a ponta de
um pequeno laço de embrulho de presente com auxílio de uma tesoura fina de um
lado para o outro da aliança, ele começa a rodar a aliança, puxando a fita para
cima. O anel começa a deslizar vagarosamente no dedo já roxo a esse ponto da
noite.
A dor que eu sentia era tão grande
que, exageros à parte, pensei seriamente que eu fosse perder o meu dedo. Meu
pai, porém, não se deixou abater pelas minhas lágrimas e continuou o seu
procedimento. Ele estava seguro do que fazia. Isaac, atordoado, me apertava
pelo outro lado, pedindo que eu tivesse calma que o anel estava saindo. No
banheiro, estávamos os três envolvidos na operação “Retira Anel”. Minha irmã,
mais atônita de todas as pessoas presentes, pulava na porta do banheiro,
nervosa com tudo aquilo, sofrendo com a minha dor.
Depois de uns cinco minutos de
tortura, mordi a toalha de rosto para aguentar a dor e meu pai puxou a fita
mais forte. Isaac me segurou firme e a aliança finalmente saiu! Que alívio!
Imediatamente, Isaac preparou uma vasilha de gelo para que eu colocasse a mão
dentro. O dedo estrangulado estava muito inchado, dolorido e roxo.
Agora, menos agitada e já sentada no sofá com
meus pais e Isaac, começamos a sondar os motivos daquela confusão. Mais tarde,
descobriríamos que a vendedora da joalheria teria ludibriado o meu noivo a
comprar dois números a menos que o meu. Enfim, esse problema, nós resolveríamos
depois.
O que interessava naquele momento era
a sua importância para nós. Estávamos felizes demais para nos abatermos com
aquela situação. Terminamos a noite comendo pastel de uma lanchonete aberta até
aquela hora. Que pastel gostoso! O melhor de toda a minha vida.
Nossos pais, felizes, nessa noite,
receberam cada um ao seu mais novo genro/nora como um filho/filha na família.
Eles oraram conosco e nos abençoaram. Foi emocionante.
E essa é a nossa
história de amor.
Que lindo! Que o Sr. abençoe a história de vcs!
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