Como acontecem as histórias de amor? Elas não acontecem como nos contos de fadas, tampouco com o glamour dos filmes de cinema. As histórias de amor são escritas por Deus, antes mesmo que nós existíssemos. Elas acontecem sem ensaios, sem planejamento, quase sem querer, afinal, ninguém planeja se apaixonar! Essas histórias simplesmente acontecem do jeito que têm de ser.
A minha história e do Isaac começa
assim. E hoje ela é muito melhor do que nós dois poderíamos imaginar.
O pedido de casamento perfeito
Completamos um ano de namoro há alguns
meses, porém já há algum tempo que queremos nos casar. A certeza da decisão do
casamento é confirmada a cada dia, não por pressões ou por interesses
inconvenientes, mas pela alegria que o nosso relacionamento gera em nós, em
nossas famílias. No nosso coração, já estávamos certos: íamos nos casar.
Em 1º de junho de 2013, então, meu
querido namorado me avisa que temos um compromisso importante. Não disse o quê,
nem onde, entretanto, deixou claro que eu deveria vestir a melhor roupa, e
fazer a melhor produção: íamos a um evento chique conhecer uma pessoa
importante.
Ao me buscar em casa para conhecermos
tal pessoa, vestido lindamente com terno e gravata, exalando o perfume do nosso
primeiro encontro, ele me cumprimenta com um sorriso gostoso e um abraço aconchegante.
Abre a porta do carro para que eu entre e dá a volta no carro apressado para
entrar também e falar comigo.
“Essa noite é muito especial!”. Disse
ele, estampando nos olhos o brilho de uma expectativa que não conseguia conter.
Deu-me um presente embalado numa caixa bonita. Abri-a e tirei uma roupa linda,
que eu lhe dissera alguns dias antes que queria. Ele, satisfeito, me
contemplava, como se eu fosse uma criança feliz ao receber um brinquedo. No
fundo da caixa, contudo, havia outro embrulho, uma caixinha preta pequena em
cujo o rótulo se lia “joalheria”.
Meu coração pulsou forte. Seria esse
o momento tão especial de nossas vidas? Teria ele preparado uma surpresa para
entregar-me uma aliança de noivado? Num instante de segundos, mil expectativas
nasceram na minha mente, enquanto ele olhava para mim, pedindo que eu abrisse a
caixinha.
Quando eu abri a caixa, vi que havia
um anel, mas não uma aliança; não era ainda o “grande” momento. Alegrei-me com
o presente, sem deixar que ele percebesse a minha frustração. Sem dúvidas, era
um lindo anel, mas não era o que eu havia pensado. Coloquei-o no dedo e
agradeci o presente com um beijo.
Feliz por ter me agradado, ele começa
um breve discurso, enfatizando que para que a noite fosse perfeita era
necessário que eu fizesse o que ele falasse. Eu precisava obedecê-lo. Sem
entender aquilo, mas ansiosa pelo que ainda iria acontecer, eu disse que faria
o que ele dissesse, sem problemas.
Ele dá partida no carro e dirige rumo
ao Pontão, o calçadão badalado de Brasília, às margens do lago Paranoá. Ali,
onde começamos a namorar, tão significativo para nós, era o lugar perfeito para
mais uma surpresa na nossa noite especial.
Ele estaciona o carro e adverte: “Não
saia do carro enquanto eu não te chamar, por favor.”. Então, apanha algo no
banco de trás e segue para a frente do carro, espalhando sobre o capô do
automóvel uma série de pecinhas pequenas que não pude identificar. Era para eu
ficar de olhos fechados, segundo as instruções dele, mas eu não consegui
refrear o impulso de olhar; a curiosidade foi maior, eu confesso.
“Pode vir.”. Saí do carro com
cuidado. Salto alto é uma arte, ainda mais para alguém que não está acostumada
a usá-lo. Fui até a frente do carro e me deparei com peças de um quebra cabeça
espalhadas no capô, todas misturadas, prontas para serem encaixadas umas nas
outras. “Você deve montar esse quebra cabeça em cinco minutos!”. Disse ele, com
aquele riso encantador nos lábios.
[CONTINUA...]